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Bateria de Cozinha

A expressão bateria de cozinha é utilizada para designar o conjunto de utensílios utilizados na preparação e apresentação de um determinado prato. Mas por que bateria? A explicação serve para mostrar que a gastronomia guarda uma relação com a história e a cultura mais, especificamente com a cultura musical.

Primeiramente vamos falar do aspecto histórico. Bateria é um substantivo que deriva do verbo latino battuere, que com o passar do tempo evoluiu para battere, e significa basicamente bater ou golpear. Em uma das sequências da evolução etimológica dessa palavra chegamos à bateria. Todavia, houve ao mesmo tempo uma ampliação do seu significado. Inicialmente servia para designar o conjunto de objetos próprios para bater, passando com o tempo a designar simplesmente o conjunto de coisas que serve para um mesmo fim.

Quanto à relação com a música podemos citar a bateria de uma banda de rock (conjunto de instrumentos de percussão), a bateria de uma escola de samba (conjunto de ritmistas) ou, passando para algo mais clássico, uma orquestra sinfônica regida sob a batuta (também derivada de battere) de um maestro. Além do sentido de conjunto, nestes casos bateria ainda adquire um sentido de ritmo, fluência e harmonização, ou seja, características típicas que toda cozinha de alta gastronomia deve ter.

E já que usamos a música para falar de sua relação com a gastronomia, podemos dizer, por exemplo, que além de um bom maestro e uma boa composição de notas musicais, sempre se fará necessário um bom conjunto de instrumentos para que se possa apreciar uma apresentação de música clássica com qualidade. Da mesma forma podemos dizer que não basta um chef talentoso e uma seleção dos melhores ingredientes para se alcançar a excelência no preparo de um prato ou de sua apresentação à mesa. E é exatamente nesse ponto que atuam os utensílios de cozinha.

Seja no preparo ou na decoração, podemos concluir que facas, fôrmas, panelas, copos, colheres, tigelas, entre tantos outros utensílios constituem a base do trabalho com gastronomia, da mais simples a mais sofisticada.

Por Mônica Bittencourt

Festa do Lúpulo

A cerveja, que acompanha a história de Nova Friburgo desde a colonização, ganhou força na cidade nos últimos anos após o surgimento de produtores e cervejarias artesanais.

Um dos marcos do aumento de produção e consumo desse produto, por exemplo, foi a aprovação da lei municipal 1.209/15 de incentivo à indústria, que trouxe diversos produtores, investimentos para a região e conferiu às pequenas cervejarias um tratamento tributário diferente.

O Lúpulo é tradicionalmente usado, junto ao malte, à água e à levedura, na fabricação da cerveja. No calor do cozimento da mistura, o lúpulo libera suas resinas de sabor amargo, dando à cerveja sabor característico. Por ser um conservante natural é essencial na produção do produto.

Segundo Sérgio Paiva, Diretor Executivo da Associação da Indústria Cervejeira de Nova Friburgo e Região (Beer Alliance), com o reconhecimento do polo, a cerveja artesanal “passa a existir aos olhos do estado, que então poderá implantar políticas de incentivo para o segmento”. Além dos benefícios econômicos, o turismo só tem a ganhar com a criação do Polo Cervejeiro. “A atividade da cerveja artesanal é indutora de outros segmentos, como a gastronomia e o turismo” explica Sérgio.

Seguindo o desenvolvimento da produção de cerveja artesanal em Nova Friburgo, a Associação Comercial Industrial e Agrícola de Nova Friburgo (Acianf) realizou, nos dias 27 e 28 de abril, a 2ª Festa da Flor de Lúpulo. O evento reuniu palestras técnicas sobre o plantio, produção, comercialização e utilização do lúpulo, visitação
a produtores de mudas e plantações já instaladas na região, feiras com produtos derivados, e muito mais.

“A Festa da Flor do Lúpulo, com certeza, trará mais visibilidade ao nosso município em relação à plantação desse elemento chave na produção de cervejas artesanais”, afirma o presidente da Acianf, Júlio Cordeiro.

Cachaça Artesanal

A Fazenda Soledade iniciou a produção de cachaça em 1977, colocando em prática sua vocação para produtos de altíssima qualidade.

Apesar do crescimento empresarial, desde sua fundação continua uma empresa dirigida com o envolvimento direto dos irmãos Bastos Ribeiro, que asseguram a consistência da qualidade de seus produtos.
A Fazenda Soledade incorpora à cachaça, tecnologias que asseguram patamares cada vez mais elevados de qualidade e, ao mesmo tempo, preserva técnicas tradicionais de produção artesanal com respeito às práticas ambientalmente responsáveis.

Como reconhecimento de sua qualidade e capacidade de inovação, seus produtos iniciaram a conquista do mercado internacional em 1981 e em 2013 foi agraciada com uma “Medalha de Ouro” no concurso internacional de Bruxelas realizado no Brasil.

Os produtos da Fazenda Soledade são elaborados com dedicação e exclusividade para levar ao consumidor, com absoluta qualidade assegurada, toda a riqueza e diversidade da cachaça.

Vinhos de Outono

Com a chegada do outono começa um novo ciclo na natureza, as folhas caem, a luz ganha um toque de pintura que vai do alaranjado ao violeta em cada entardecer e a temperatura se torna mais amena com noites bem agradáveis. Muda a nossa ótica no viver e criam mudanças diretas em nossa alimentação e nos vinhos que iremos escolher para beber.

Como o vinho é a bebida que melhor conjuga a vida social, seja em um romântico jantar a dois, no bate papo entre amigos ou sentado à mesa em uma refeição, a escolha de um bom vinho é fundamental.

O conceito de que apenas o inverno combina com vinho é coisa do passado. Hoje, cada vez mais o brasileiro aprecia o vinho em todas as estações do ano. Como sabemos, os vinhos podem ser espumantes, brancos, rosés e tintos, de corpo leve para mais pesado, frutados e não frutados, com diferentes cargas tânicas, bem como com menor ou maior acidez. Esta diversidade permite a escolha de rótulos em qualquer época do ano.

Bem-vindo outono!

É o período do ano que convida para os brancos mais encorpados ou com passagem por madeira, os rosés do Velho e do Novo mundo e os tintos com boa presença na boca, frutados e com taninos macios e boa acidez. Estas escolhas irão harmonizar melhor com os pratos mais estruturados comuns no outono.

Castas brancas: Chardonnay, Viogner, Verdejo ou Vermentino.

Castas tintas: Merlot, Garnacha, PinotNoir, Cannonau, Dolcetto, Barbera, Malbec, Tempranillo, e os cortes dos vinhos do Rhône e Bordeaux.

Vale lembrar que para as entradas temos os espumantes e para as sobremesas, os vinhos de sobremesa ou os fortificados.

Joubert Aragão – enófilo com formação pela ABS – Associação Brasileira de Sommelier, GEDV – Grupo de Estudos e Degustação de Vinhos e SBAV – Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho.
Membro do CEC – Confraria Encontros Carioca, ESF – Enófilos sem Fronteiras e da Confraria FriWine.
Diretor de ensino do Curso FriWine(@ friwine) e da FriWine (www.friwine.com.br).