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Artesão do Pão

Para fazer um pão artesanal tipicamente francês, é necessário dedicação, tempo e matérias primas de qualidade.

O verdadeiro pão francês é produzido com farinhas orgânicas, seguindo elevados padrões de qualidade no cultivo do trigo, armazenamento e processamento dos grãos, resultando em um produto saudável e saboroso.

Como o próprio nome diz, o pão é artesanal, e sendo assim é necessário um trabalho metódico e sequencial de manuseio e repouso da massa, visando uma fermentação lenta, onde o sabor e aromas são incorporados naturalmente e a alveolagem típica da massa dos pães franceses é desenvolvida.

Além da fermentação lenta, a utilização do “Levain” (conhecido no cotidiano como massa mãe) é indispensável para fabricação. Existem diferentes formas de “criação” do Levain, que deve ser sempre “alimentado” corretamente, para se manter “vivo”. Esse fermento biológico e natural, além de oferecer um sabor diferenciado e exclusivo ao pão, é primordial para obtenção de uma boa digestão, pois durante o processo de fermentação, substâncias são desenvolvidas na massa, similares as nossas enzimas digestivas, auxiliando no processo digestório.

Já que o pão é um alimento milenar, desde sempre pode ser produzido em casa, qualquer um pode produzir seu próprio pão, basta utilizar os elementos necessários, temperar a massa com um pouco de amor, e levar à mesa da família um produto de excelência. Vamos colocar a mão na massa?

 

Por Philippe Lanié

Comida de Buteco

Bolinho de bacalhau, isca de fígado acebolado, frango a passarinho… Quem nunca, pelo menos uma vez na vida, se deliciou com aquela comidinha simples de raiz, aquele petisco num fim de tarde depois do trabalho, sempre acompanhado de uma boa cervejinha?

Pois é, e só há um lugar para se desfrutar desse prazer: O Boteco. Isso mesmo, aquele lugar simples e informal onde se vende gêneros a retalhos, mantimentos e miudezas em geral, e claro, aquela bebidinha quente ou gelada.

Aquele local que muita das vezes serve de ponto de encontro de boêmios das mais variadas estirpes.

Talvez exatamente pela simplicidade desse tipo de comida e do próprio local onde são servidas, ou seja, ambientes informais e de descontração, a comida de boteco vai além do sabor, estabelecendo mesmo uma espécie de relação afetiva com quem aprecia este tipo de culinária.

Certo é que uma comidinha de boteco não desfruta do glamour de um prato da alta gastronomia mas não deixa de ter o seu valor e uma legião de apreciadores espalhados por botecos Brasil afora.

 


Contudo, certo é também que hoje em dia esse tipo de culinária vem adquirindo um perfil mais gourmetizado, ou como poderia dizer alguns, mais modernizado.

Prova disso são os muitos chefs de cozinha que se renderam ao encanto da comida de boteco raiz, como por exemplo o gastrônomo Eduardo Maya, criador do maior festival de Comida di Buteco do Brasil.

Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, o festival logo se expandiu para outras capitais, como Salvador, Goiânia e Rio de Janeiro.

Um bom exemplo aqui no estado é sem dúvida alguma o Aconchego Carioca, da chef Katia Barbosa, que elevou o conceito de comida de boteco e logo ganhou fama, inclusive internacional, tamanha a qualidade dos seus petiscos, isso sem falar no seu “aconchegante” ambiente interno. Katia teve seu talento reconhecido pelo badaladíssimo chef Claude Troisgros, que a apresentou ao universo da alta gastronomia. A abertura das filiais Leblon e Barra da tijuca do Aconchego Carioca é a melhor prova do quanto esse tipo de culinária vem crescendo, seja em tamanho ou em importância no meio gastronômico.

Aqui em Friburgo temos um bom número de botecos com os mais variados tipos de petiscos, dos quais podemos destacar o Bar do Cesar (ou Cesar’s Bar). Um bar já bem tradicional na cidade, que mantém em seu cardápio a legítima comida de boteco raiz, como seu famoso torresmo.

 

A novidade agora é que quem aprecia uma boa comida de boteco pode fazê-lo em sua própria casa. O Buteco em Casa Delivery, comandado pela chef Mônica Bittencourt, uma especialista neste tipo de gastronomia, proporciona essa experiência. Comidas de boteco como músculo aperitivo com molho de carne ao vinho, linguiça flambada na cachaça com quadradinhos de aipim picante, além dos já famosos bolinhos de feijoada, costela e de batata baroa com mix de linguiça e couve ao alho formam um cardápio variado pronto para serem degustados em casa.

Tudo isso enfim serve para demonstrar que este tipo de culinária também ocupa um papel importante, pra dizer o mínimo, no mundo da gastronomia. Tanto é assim que já há entre os empreendedores desse ramo uma articulação para que Nova Friburgo tenha o seu próprio festival de comida de boteco. É aguardar. Vem novidade por aí.

Por Mônica Bittencourt

Doces Franceses

Quando se fala ou pensa em comida o mundo todo se volta para cidade luz. Em Paris se criou o que hoje se chama de *menu completo* (entrada , prato principal e sobremesa), por mais simples que seja o restaurante eles mantêm essa tradição. Pude ver e viver esse momento de perto fui ao país.

Mas não é só a gastronomia que chama a atenção do mundo. Paris, a charmosa cidade luz, chama atenção pela pâtisserie requintada e perfeccionista, onde os chefs se esmeram em fazer com muito carinho e capricho as melhores e mais requintadas sobremesas , não a toa que muitos clássicos são atribuídos aos chefs franceses. E uma delas é febre mundial: MACARONS.


Tive a oportunidade de conhecer Paris e fazer um laboratório pelas pâtisseries francesas, as melhores do mundo, diga-se de passagem. Experimentei várias e confesso, apesar de não gostar muito de doces, mesmo sendo um confeiteiro, que os macarons parisienses são divinos. Eu particularmente amei e fica difícil destacar qual é o melhor.

Especializei-me em pâtisserie francesa e principalmente em macarons, e como especialista, precisava conhecer de perto e estudar em Paris pra compreender o que move os chefs. Fiz um curso na EcoleLenotre e vi de perto a paixão, o cuidado, e principalmente, o respeito que eles têm pelos doces. Na França, de forma geral, todas as sobremesas são feitas do zero e com preparação artesanal, sem aditivos ou conservantes, respeitando minuciosamente cada etapa do preparo, tornando os doces mais naturais e impecáveis na apresentação.

Àqueles que se perguntam se vale o investimento em conhecer Paris, eu vos digo: *sim*. Além de toda a história e cultura, a gastronomia e as pâtisseries são fantásticas, e claro que você não conseguiria sair de lá sem saborear uma bela e completa refeição ao estilo de Paris.

Na minha viagem aprendi muito mais do que eu podia imaginar. Cultura e história foram pequenos detalhes desta maravilhosa viagem que tive o prazer de fazer. Aprendi que tratar com carinho, amor e respeito uma receita simples ou sofisticada, seja ela doce ou da cozinha quente, eleva nosso trabalho a outro patamar profissional.
Através da comida ou da sobremesa fazemos uma viagem pelo mundo. Então desejo a você uma boa viagem pelo mundo da gastronomia e pelos seus sabores.

Alexssandro Kühl | Chef Patissier da Petit pâtisserie
Ganhador do programa QUE SEJA DOCE da GNT
Gran chef patissier 2018 cordão de bronze square